Sobre a Interact
A Interact é uma publicação digital editada pelo Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens (CECL), atualmente integrado no pólo FCSH do ICNOVA: Instituto de Comunicação da Nova.
O seu objetivo é a reflexão e a discussão em torno de temáticas importantes do pensamento contemporâneo, o acompanhamento crítico de acontecimentos e práticas culturais e artísticas e o incentivo ao trabalho de experimentação com as tecnologias digitais e as redes de informação.
Diminuir o fosso ainda existente entre a cultura e a cibercultura é ainda uma das suas principais motivações, procurando por isso o encontro (e o confronto) entre práticas mais tradicionais no âmbito da cultura (como o ensaio, a crítica e a recensão), e práticas de expressão, de reflexão e de criatividade próprias à cultura digital, como as da hipertextualidade e hipermedia, interatividade e conetividade.
Estrutura
Atual
O objetivo desta secção é o de proporcionar uma visão seletiva de alguns dos acontecimentos e aspectos mais relevantes do presente. Não procurando seguir um modelo especificamente jornalístico e informativo e, menos ainda, exaustivo, esta secção assume uma visão da atualidade que implica a sua construção crítica, indo ao encontro da especialização temática da revista sempre que esta tiver lugar. Uma tal construção poderá fazer-se, por vezes, em consonância com as agendas informativas, mas também em divergência relativamente a elas.
Ensaio
O ensaio é uma secção chave do projeto da Interact, já que um dos seus objetivos principais é o de estimular o debate de ideias e dar a conhecer o pensamento de autores contemporâneos portugueses e estrangeiros. Apesar de a Interact não prever, no seu conjunto, a obrigatoriedade de uma unidade temática, esta secção poderá, por vezes, optar por esta possibilidade. Esta secção visa ainda contribuir para um fortalecimento da presença do pensamento (em particular do pensamento português) nas redes de informação.
Interfaces
É objetivo desta secção afrontar duas lacunas importantes da actividade contemporânea da crítica no espaço da cultura portuguesa: a presença muito insuficiente da crítica cultural especializada na Internet e a falta de atenção da crítica a temas e objetos provenientes da cibercultura.
Apesar do advento dos blogs, a crítica qualificada das artes e da cultura continua a estar em grande medida ausente do ciberespaço e extremamente fixada nos jornais e nas revistas da especialidade. O meio da crítica portuguesa tem demonstrado mesmo alguma desconfiança perante a «cultura tecnológica» emergente. Talvez por isso, objetos e temas provenientes da cultura digital vão passando sem reflexão efetiva, entre o silêncio dos mais exigentes e o alarido dos mais entusiastas. Esta secção procura compensar essa lacuna, promovendo o necessário diálogo entre o atual (com uma lógica ditada pela agenda dos eventos) e o virtual (a Internet como lugar cada vez mais vocacionado para a constituição de um novo espaço crítico). A partir do número 17, acolhe também as práticas do comentário e da recensão, anteriormente integradas na secção «Anotações», com isso procurando formas de inovação nessa forma de diálogo intelectual por vezes injustamente secundarizada.
Laboratório
Esta secção é inteiramente livre no que respeita aos meios de expressão a utilizar (escrita, grafismo, vídeo, imagem digital, som, …), aos temas e aos géneros. As propostas aqui apresentadas são da inteira responsabilidade do autor convidado para cada número, embora a sua realização possa resultar do trabalho conjunto com a equipa da Interact. Nesta secção incentiva-se a experimentação das características próprias das tecnologias digitais, nomeadamente quando utilizadas online, onde, apesar (ou mesmo por causa) das limitações, a interatividade e a conetividade podem assumir uma dimensão mais ampliada do que no offline.
Entrevista
A presença da cultura na Internet ao longo dos últimos anos tem mostrado que a entrevista é um dos géneros mais bem sucedidos na divulgação e no debate de ideias e na expressão do estilo próprio que faz de alguém um autor. Noutros meios, a entrevista é frequentemente uma paródia de si própria pela escrita, uma exibição menor de uma oralidade de improviso (como na rádio ou na televisão) ou um género adulterado pelo rewriting jornalístico. A natureza dos instrumentos de comunicação próprios do online oferece hoje a possibilidade de praticar a entrevista sob formas diversas e extremamente flexíveis, mesmo à distância, permitindo contribuir para a divulgação, junto de um público mais alargado, de autores de qualidade nas áreas contemporâneas do pensamento, da cultura e da arte.