Haverá nas imagens um trânsito do tempo, um passado futuro que as atravessa e que devemos deixar falar. Para isso não precisamos necessariamente de recusar o excesso de e das imagens, mas de tentar encontrar aí singularidades que possam ser convocadas como um oráculo, como um feiticeiro a quem perguntamos pelo desconhecido, pelo que não sabemos ou julgamos não saber. Artigo →
Author: Miguel Leal
(1967) é artista Plástico. Vive e trabalha entre o Porto, Freiburg im Breisgau e Afife. O seu trabalho oscila entre diferentes formatos e suportes, numa atenção particular à materialidade dos media e aos fluxos da memória, da história e da política. Estudou Belas Artes, Pintura, História da Arte, Filosofia e Comunicação e Linguagem, no Porto e em Lisboa. É professor de Artes Plásticas na FBAUP e membro do i2ADS.
Obsolescência e Inoperatividade: A Arte como Contrafluxo da Mediação
When they become obsolete, forms of communication become an index of an understanding of the world lost to us.
Stan Douglas1
Tal como vem sendo considerada no campo da arte, a obsolescência é em geral associada a uma arqueologia do que se encontra já fora-de-moda, a uma tentativa de olhar para os media através da sua história, em busca de uma operatividade que possa escapar à mediação intensiva de uma actualidade desses mesmos media. Artigo →