No âmbito da cadeira de Cultura Visual, que leciono na FLUL (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), desde o ano letivo de 2011-2012, tenho vindo a elaborar um arquivo visual sob forma de blogue com a colaboração das largas centenas de alunas que frequentaram esta unidade curricular ao longo dos últimos anos (opto por manter um plural feminista, aludindo ainda ao facto de a maioria das estudantes no Ensino Superior em Portugal serem agora do género feminino). O objetivo da Cultura Visual, disciplina que surgiu no início da década de 1990, na interseção de várias áreas do saber, é propor uma reflexão crítica sobre o regime visual contemporâneo e perscrutar as suas implicações tanto na configuração de um mapa do (in)visível, como, em simultâneo, na definição das potencialidades de ação sobre o mundo (Mirzoeff, 2015: 11-16).
Porque ver é uma modalidade do agenciamento e, logo, da cidadania, a construção de repositórios de informação em rede torna-se fundamental para o desenvolvimento de um pensamento crítico comunitário que valide a elaboração de um imaginário político alternativo no atual contexto democrático. Castells (2016: 10-11) define o conceito de rede como um modelo de ação social inovador, que pode ocorrer tanto no ciberespaço, como na malha urbana ou no espaço público, sendo estruturado a partir do uso de várias plataformas tecnológicas geradoras de um novo tipo de comunicação que no último decénio engendrou outros atores sociais,transformando a noção de política.
Este padrão de comunicação massiva e instantânea, que permite a convocatória de milhares de pessoas, tem vindo a alterar significativamente a paisagem política. Tal sucedeu com a série de protestos conhecida como Primavera Árabe (ver o excelente cronograma interativo do The Guardian), inspiradora do movimento Occupy Wall Street, que acabou por perder a referência toponímica e se veio a transformar num dínamo político com bastante impacto na atualidade (apesar de a comunicação social alinhada com o poder instituído quase invisibilizar as suas ações ou as reportar como simples desacatos). Mais recentemente, refira-se o impacto do School Strike for Climate, que levou mais de 1,4 milhões de pessoas à rua no dia 15 de março deste ano (segundo a Harvard Political Review), incluindo os alunos portugueses envolvidos na Greve Climática Estudantil. Relativamente a este último exemplo, importa destacar o facto de os atores sociais serem cada vez mais jovens — Greta Thunberg começou a greve quando tinha 15 anos e, poucos meses depois, tornou-se uma voz ativa entre as ONGs na área da ecologia —; assumirem uma postura dialógica e não meramente oposicional (entre nós, por exemplo, muitos professores participaram nos protestos e os alunos cabecilhas já tiveram uma audiência com o ministro do ambiente, como noticia o Público); proporem medidas concretas de ação para alterar o atual panorama de dependência dos combustíveis fósseis e da subordinação do poder político aos interesses financeiros, que boicotam as (parcas) medidas acordadas no Tratado de Paris.
Se, por um lado, a comunicação em rede é caracterizada por uma temporalidade sincrónica, privilegiando a imediatez, por outro, é marcada pela diacronia, uma componente que gera a possibilidade de criar, preservar e cruzar arquivos, propondo trilhos epistemológicos e políticos particulares. Esta última particularidade é de peculiar relevância para o projeto em consideração, em especial se tivermos em conta que o corpus da disciplina por mim lecionada (em média, são oferecidas na FLUL, em cada ano letivo cinco cadeiras de Cultura Visual, com conteúdos programáticos distintos, definidos pelos respetivos docentes) é o discurso publicitário, analisado numa perspetiva multimodal (Machin, 2010). Assim, este projeto arquivístico implica os saberes e as vivências das alunas na desconstrução de um discurso omnipresente e que constitui o principal motor do sistema neoliberalista.
Quando fui inicialmente convidada a lecionar esta disciplina, elaborei um programa que, após dois anos de implementação, percebi ser elitista. Partindo da minha experiência como “performer cultural” no Museu Coleção Berardo (onde, no contexto do projeto de pós-doutoramento, implementei, entre 2009 e 2015, uma proposta de escrita criativa), queria estudar o impacto do espaço museológico na consolidação da cidadania. Porém, cedo compreendi que as alunas pouco visitam museus e têm uma vaga ideia das suas potencialidades enquanto seres políticos. Assim, no ano letivo de 2013-2014, optei por eleger como objeto de análise o texto publicitário, no intuito de explorar as suas imbricações ideológicas e dotar as alunas de instrumentos para a leitura do mundo. Pensei, pois, trabalhar a política a partir do reconhecimento das vivências quotidianas das alunas que, movendo-se pelos espaços urbano e cibernético, se confrontam diariamente com dezenas (senão centenas) de reptos publicitários.
Se já em 1972, na série Ways of Seeing (que depois deu origem ao livro homónimo, recentemente traduzido por Jorge Leandro Rosa, para a Antígona), John Berger alertava para a hegemonia visual do discurso publicitário no contexto urbano e na imprensa jornalística, na atualidade é ainda mais evidente este convite opressivo à transformação pessoal através do consumo, tornando o dinheiro um meio de ação que nos permite realizar sonhos de outro modo inacessíveis. Em 1978, Judith Williamson publicaria o clássico Decoding Adverstisements: Ideology and Meaning in Adverstsing, onde, partindo de uma rigorosa análise semiótica, desconstrói as estratégias discursivas da publicidade, nomeadamente o modo como esta oblitera a temporalidade, fazendo colapsar passado e futuro no eterno presente do momento de consumo, que transforma os produtos anunciados em moeda mágica para um universo perfeito onde as nossas necessidades básicas se encontrarão satisfeitas para sempre.
Dentro das chamadas indústrias da cultura (uma designação bem reveladora da mercantilização exacerbada que caracteriza a contemporaneidade), a publicidade é a mais prolífera, tornando o produto mero efeito de marketing, como argumenta Naomi Klein em No Logo (1999), onde defende que as corporações contemporâneas investem sobretudo nas operações de branding, no intuito de criarem uma identidade forte e competitiva para determinado produto, distinguindo-o de todos os outros produtos equivalentes (para um excelente resumo desta obra recomendo o documentário homónimo, realizado em 2003 por Sut Jally). Somos aquilo que temos e, no ocidente, o nosso maior dilema ético prende-se hoje com o exercício da liberdade de escolha no supermercado, face a dezenas de variedades de champô. Remeto, a este propósito, para o magnífico “MamaPapa”, dos Repórter Estrábico, cujas técnicas de montagem realçam (através de cortes abruptos e da repetição e/ou aceleração de frames) o caráter compulsivo do consumo e o modo como este se encontra intrinsecamente ligado ao jogo da identidade individual. Daí a revista australiana New Philosopher, no seu número dedicado às “coisas”, ter parafraseado nos seguintes termos o solilóquio de Hamlet — “To buy or not to buy? That is the question”—, indicando que em 2017, a estimativa de gastos em publicidade estaria na ordem dos 540 biliões de dólares (página 23 da versão impressa).
Considerando a educação como um processo inevitavelmente político, ao invés de escamotear os pressupostos ideológicos subjacentes não só à definição dos conteúdos e dos objetivos curriculares, como das metodologias pedagógicas implementadas na sala de aula (Freire, 2012), levantam-se várias questões. Como habitam as alunas um mundo marcado pela sedução constante que, de tão repetida, se torna naturalizada (i.e. invisível)? Como podem as alunas, corpos de prazer e desejo, resistir a este engodo e reenquadrar a visão? Como partilhar com as alunas a faísca da resistência, quando tantas delas crescem num mundo de adultos ausentes, também eles engolidos pela maquinaria da produção desejante? Como construir sentidos a partir do diálogo entre a experiência singular e multiforme das alunas e os conteúdos curriculares? Como poderemos nós, professora e alunas, criar esperança, diante do absurdo contraste entre a promessa publicitária e o descalabro do mundo? A partir destas questões, o programa foi sendo reformulado, de modo a incluir também soluções, apontando para modelos de desenvolvimento alternativo (vide etiqueta), a partir de reflexões sobre a ecologia, a sustentabilidade, ou a identidade de género, entre outros tópicos vitais para fazer germinar as sementes do futuro que são as gerações mais novas. Assim, o blogue foi crescendo, incluindo gradual diversidade de fontes, convidando-me a assumir o papel do mestre ignorante de que nos fala Rancière (2007), aquele que atravessa a “floresta das coisas, dos atos e dos signos” (27) na companhia do discípulo, repensando o espaço juntos e separadamente, à vez. Assim, confrontada com factos para mim totalmente desconhecidos, como o K-pop, que modela hoje a identidade de milhões de jovens, ou a realidade de comunidades alternativas que vingam na Península Ibérica e são retratadas no documentário do realizador Pedro Silva (disponível na íntegra online), entre tantos outros possíveis exemplos, vivencio o “paradoxo do mestre ignorante: o aluno aprende do mestre algo que o próprio mestre não sabe (…), como efeito de um ensino que o obriga a procurar e a verificar essa procura. Mas não aprende o saber do mestre.” (p. 23). Tal implica uma alteração radical no modo de pensar o conhecimento e o ensino, tornando a diversidade de saberes uma condição essencial da singularidade, e não uma distância a superar, como sugerem (ainda hoje) os intelectuais salvíficos.
Além de permitir reconfigurar as relações pedagógicas de um modo ativo, tornando as alunas autoras de um arquivo que serve também de fórum de debate e que virá a ser útil às colegas futuramente inscritas nesta cadeira, o blogue oferece ainda a oportunidade de lidarmos com um tipo de textualidade dinâmica, remetendo a outras fontes, que estabelecem uma cada vez mais complexa e diversificada rede de informação. Por outro lado, o blogue constitui uma oportunidade de produção de textos de caráter eminentemente visual, dotando esta cadeira de uma natureza prática que me agrada, pois as alunas deixam de ser meras consumidoras do corpus por mim proposto (em grande parte recolhido dos mupis de Lisboa, para garantir o impacto do reconhecimento e o empenho na descodificação do espaço quotidiano) e passam elas próprias a convocar os textos que pretendem ler. Alguns destes posts, aliás, são por mim inseridos na etiqueta Bibliografia (a única que apenas eu posso atribuir, de modo a garantir uma certa hierarquização de conteúdos), num processo ativo de reconhecimento e valoração dos contributos das alunas. Sublinhe-se que todos os posts são por mim editados, sendo as autoras admoestadas a manter uma cópia do seu original, para a poderem cotejar com o texto definitivo e assim refletirem sobre as alterações efetuadas nesta reescrita, no que constitui, pois, uma outra oportunidade de produção e de aperfeiçoamento textual.
Procurando reforçar a componente da autoria visual, proponho para mais, a construção de um poster resumindo a análise (feita em pequenos grupos ao longo do semestre) de um texto publicitário contemporâneo, impresso e de circulação nacional. Tamanho rigor na escolha do corpus analítico (feita pelos membros do grupo) prende-se com a metodologia de “close reading” adotada, que pretende dotar as alunas de ferramentas de leitura finas, concentrando o estudo num objeto relativamente simples, de modo a que, posteriormente, estas competências possam vir a ser transferidas para objetos mais complexos, como vídeos, por exemplo. Esta tarefa é de grande exigência, pois pressupõe sobretudo um raciocínio indutivo que visa criar esquemas minimalistas, em que as premissas da análise são elididas e o poster apresenta apenas as conclusões, a partir dos conceitos teóricos por nós desenvolvidos durante o semestre. Ao longo dos anos, temos vindo a expor na galeria da biblioteca da FLUL alguns destes posters e/ou objetos (cuja criatividade e harmonia estética são tantas vezes surpreendentes!), que propõem leituras críticas (mais ou menos) imediatas de material publicitário reconhecível pelas outras alunas, alargando assim (espera-se) as competências de leitura do mundo da restante comunidade escolar.
Por fim, ainda no âmbito da criação de textos visuais, na última aula, dispomos as cadeiras em círculo (o protótipo espacial por mim preferido, em contraste com as filas paralelas onde as alunas amarrotam os corpos tirando notas, sem se verem umas às outras) e construímos no quadro um esquema coletivo, sujeito a várias versões negociadas entre todas as pessoas presentes. Cada aluna é desafiada a trazer uma imagem que para si constitua a resposta à pergunta “O que é a Cultura Visual?” e, depois de explicar brevemente a razão da sua escolha, coloca com massa adesiva esse elemento no quadro, em interação (através do recurso a palavras ou a elementos gráficos, como setas ou asteriscos) com as restantes imagens reunidas pelas colegas (podemos ver alguns exemplos do ano letivo de 2014-2015 aqui e aqui, e do ano letivo 2017-2018 aqui). Este exercício é deveras interessante porque permite a reconfiguração do esquema tantas vezes quantas nos aprouver, numa oportunidade de reflexão conjunta que envolve todas as alunas presentes, pois mesmo aquelas mais tímidas se sentem implicadas, ao verem o modo como a imagem por si escolhida altera a constelação de sentidos.
Neste momento em que escrevo, o blogue já tem 99.257 visualizações, um número que me deixa honrada e perplexa. De facto, no início do semestre as alunas costumam manifestar algumas resistências ao projeto, que se afasta dos modelos pedagógicos mais convencionais. Para mais, o acesso a esta plataforma digital é atualmente dificultado pela política de segurança da Google, que bloqueia sistematicamente as usurárias que entram como “Alunos”, através do email que, como administradora, associei a este blogue, permitindo assim autoria conjunta. Para tornar mais ativa a colaboração das alunas na construção deste arquivo, confesso que uso o truque baixo da avaliação, incluindo as postagens realizadas no item de Colaboração nas Aulas; mas isto é só o empurrão inicial, pois quando as alunas se apercebem do vasto escopo da matéria por nós estudada, tendem a entrar num movimento de autonomia crítica, partilhando saberes.
Deixo como nota que a versão primeira deste blogue, com dois anos de trabalho, foi elidida sem aviso pela Google, que nunca respondeu a todas as minhas tentativas de contacto, por fax, email, telefonema e até uma deslocação frustrada aos seus escritórios na Avenida da Liberdade, cujo nome a companhia não honra, por sinal. Já contactei a direção da FLUL pedindo para alojar este arquivo no seu servidor, mas a burocracia da similitude impediu esta transição, com o argumento de que nenhum outro professor usa este tipo de instrumento e tal criaria disparidades. Espero, pois, que possamos permanecer no espaço por muito mais tempo, sem, no entanto, ter qualquer garantia material dessa continuidade. Serve este parágrafo como reflexão sobre a inconstância do mundo virtual e a nossa ilusão de controlo (podemos também ler esta frase como uma reflexão de teor espiritual, claro).
Segundo o físico João Caraça (2015), a ciência e a tecnologia tornaram-se meros instrumentos da economia que se encontra, ela mesma, refém das especulações financeiras. Este contexto aniquilou o paradigma cognitivo da modernidade, cujo “arsenal intelectual [era composto] pelo determinismo (ou seja, a conservação da informação), o reducionismo (ou seja, o recurso à linguagem matemática) e o dualismo (ou seja, a independência do observador)” (35, tradução minha). A desafiante tarefa das novas gerações será, pois, desenvolver um tipo de pensamento baseado na partilha e na circulação do conhecimento, tendo em conta os “quatro grandes domínios do saber: religioso, artístico, político e técnico” (Caraça 19, tradução minha). Efetivamente, no atual momento histórico, a cultura de separação caraterística da modernidade, com a sua conceção piramidal de saber, foi substituída por dinâmicas de criação e de circulação do conhecimento marcadas pela complexidade, o que torna impossível “separar um sistema do seu contexto, um ser vivo do seu ambiente, um objeto do instrumento que o mede” (Caraça 35, tradução minha).
Nesta conjuntura, o blogue que temos vindo a construir, as alunas e eu, operacionaliza dinâmicas dialógicas, propondo a elaboração de um tipo de saber transdisciplinar, a partir do reconhecimento da responsabilidade e do poder individual e coletivo para pensar, sonhar, acreditar e agir. Porque “Viver, entretanto, é ver, ir vendo / e também ver inclui dormir sem que nada se desfaça ou exclua / no interior dos sonhos”, nas palavras de Luiza Neto Jorge, evocadas no rodapé do nosso blogue para lembrar a complexidade do conceito de visão, que se refina com a experiência e abarca vários tipos de consciência, desde a linearidade analítica até ao salto criativo, ambos fundamentais para a ação política.
Referências:
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