O conceito de comunidade é dos mais fugidios, e por isso tão contestado. Desde que Ferdinand Tönnies propôs a oposição entre a Gesellschaft moderna e impessoal e a Gemeinschaft que esta última tem sido assimilada, indo além da intenção do próprio Tönnies, a uma espécie de paraíso perdido. Não é portanto nesse sentido que deve entender-se o conjunto de programadores que contribuem para um projecto como o MAME como uma comunidade, mas tão-só pelo facto de concentrarem os seus esforços num sentido comum. Ainda mais arriscado é usarmos o termo para o conjunto totalmente heterogéneo de indivíduos que se limitam a coleccionar (e a jogar, quando o conseguem) os videojogos da era «clássica». O interesse é comum, e podem mesmo trocar impressões nos fóruns da Usenet, mas tal é ainda insuficiente as tentativas de pressão sobre os editores para que coloquem os jogos no domínio público têm sido, por ora, bastante tímidas.