"The
public heard little about this highly unusual series of cases
because it was not deemed worthy of dissemination by those
fixated by Catholic scandals" (Philip Jenkins)
"A
priest guilty of serial predatory sexual abuse of minors"
(OSVPeriodicals)
Resumo
Analisa-se neste texto um dos problemas de sociedade maios
candentes nos USA: a ofensa sexual dos padres. Esta crise
afectou a imagem da Igreja, mas foi sobretudo a resposta a
esta "abuse crisis" que despoletou as mais
desencontradas opiniões nos media americanos. Traição,
cobertura, "tolerância zero", "conspiração
do silêncio" são as expressões mais correntes com que
se comenta geralmente este problema. Onde começa a fronteira
entre o público e o privado? Que espelha este conflito? Que
interesses move? Que estratégias promove?
A proclamada revolução sexual dos anos 60 nunca teria
chegado a Nanterre sem os fortes ventos que sopravam da Califórnia
nessa altura. Esses ventos, com o correr do tempo, cessaram,
impondo a "moraleira" que, afinal, nunca tinha
deixado o chão de que sempre se alimentou. O policiamento do
corpo nacional que passa pelo sexo, pela raça e pela
criminalização continua pervivaz.
Aquilo a que Denis Duclos chama "The werewolf complex"
continua a fascinar a América. Trinta anos depois,
aquilo que parecia controlado, pacificado, emerge como um vulcão
que abalou profundamente uma nação inteira: o escândalo
sexual do clero. "The
Catholic Church is now facing one of the more dire crises in
its long history: sexual abuse committed by priests, and the
subsequent cover-up of that abuse by cardinals and bishops",
assim se exprime The Boston Globe, o jornal que
desencadeou a mais profunda investigação em torno deste escândalo
e que viria a publicar o resultado dessa investigação com o
livro: Betrayal: The Crises in the Catholic Church.
Nos mesmos termos se exprime o Presidente da Conferência
Episcopal dos US, Wilton D. Gregory: "The Catholic Church
in the Unitade States is in a very grave crisis, perhaps the
gravest we have faced." Um escândalo sem precedentes que tem como epicentro da crise o Cardeal Law
e que levará mesmo à sua resignação. Robert Nee, pároco
de uma igreja em Cambridge, Mass., mostrou à imprensa uma
carta assinada por 58 padres na Arquidiocese de Boston
apelando à resignação do Cardeal. A acusação é em toda a
parte a mesma: Os oficiais da igreja Católica Romana
encobriram padres acusados de abuso sexual. Durante meses
Thomas F. Reilly e um grande júri investigaram se os oficiais
arquidioceseanos de Boston podiam ser criminalmente acusados
por negligência nos casos de abuso sexual. O
veredicto é este: "it certainly is a cover-up. At the
very least you would expect a different approcach from a
religious institution and that's not the case here".
Os factos
Distingamos as opiniões erradas e os factos. Uma primeira
uma opinião errada: muitos padres católicos estão
envolvidos no abuso sexual de crianças. Mas afinal quais são
os factos? De acordo com as informações das três maiores
arquidioceses dos US (Boston, Filadélfia e Chicago) entre 1.5
e 1.8% de padres recebeu alegações credíveis de abuso
sexual de menores no período dos últimos quarenta anos
(desde 1960). Segunda opinião errada: todos os padres Católicos
que abusam de menores são pedófilos. De acordo com o padrão
do manual psiquiátrico DSM-IV, a pedofilia refere-se a
"uma actividade sexual com crianças prebubescentes".
Da pequena percentagem de padres que receberam alegações
credíveis de abuso sexual de menores, menos do que 10% deste
casos não estão relacionados com condutas desviantes com
crianças (P. Jenkins, 1996). É menos do que 0.3% dos mais de
100.000 padres que prestaram serviço nos US durante os últimos
quarenta anos. Casos de pedofilia predatória, que foram o
foco de reportagens mediáticas são raras excepções entre o
clero acusado criminalmente por abuso sexual. Outra opinião
errada: devido ao celibato, os padres Católicos são mais
facilmente envolvidos no abuso sexual de menores do que os
ministros religiosos que podem casar. O facto é que apesar da
atenção dos media estar focalizada quase exclusivamente em
casos de abuso sexual de menores por padres da Igreja Católica,
este tipo de desvio ocorre entre ministros das maiores tradições
religiosas, profissões médicas e mentais, treinadores,
leaders do escutismo, conselheiros de campo, etc. A maior
parte do abuso sexual de crianças são perpetrados por
membros familiares da vítima na forma de incesto. Ainda por
cima, a maior parte dos adultos que abusam sexualmente de
menores são, ou serão, casados. Ainda outra falsa opinião:
o problema do abuso sexual de menores ocorre entre alguns
padres por causa do ensino Católico doentio sobre a
sexualidade humana. O ensinamento Católico centra-se na
dignidade inerente e no valor da pessoa humana que é feita à
imagem e semelhança de Deus. Neste contexto, o que é
enfatizado é a bondade fundamental da sexualidade humana
expressa na mútua doação do sacramento do matrimónio ou no
celibato aparece como uma oblação a Deus no serviço da
Igreja. Em consonância com este ensinamento, a Igreja condena
claramente o abuso sexual e o mau trato de qualquer espécie
como uma afronta à dignidade básica da pessoa humana. Última
opinião errada: os bispos dos US deviam saber que os padres
abusivos reincidiriam. Os bispos não estão dispensados de
seguir a lei e de relatar os casos de abuso sexual de menores
por padres às autoridades locais. A maioria dos casos de
abuso sexual por padres ocorreu em grosso há cerca de vinte
anos. Nesse tempo era costume recomendar um programa de
tratamento psicológico ao abusador individual, na esperança
de que não haveria risco de reincidência e que nesse caso,
ele poderia retomar o ministério. Hoje tem-se uma maior
conhecimento da gravidade deste problema incluindo a realização
de um tratamento que pode ser ou não efectivo, dependendo da
condição do abusador. Embora tenha havido erros no passado,
nos últimos dez anos a maioria dos bispos adoptou medidas
para casos de abusos sexuais de menores por padres e outros
empregados diocesanos e trabalhou muito de perto com as
autoridades locais de modo a tomar conta destes casos de uma
forma responsável. "The Charter For the Protection of
Children and Youth" formulada pelos bispos dos US no seu
encontro da USCCB em Dallas em Junho de 2002 reforçou a sua
política de protecção contra os tais abusos.
Não há apenas casos de padres que abusaram sexualmente
de menores. Na última década, mais de cem freiras foram
acusadas de molestar crianças. A maior parte das vítimas
continua silenciosa. The Times of Acadiana foi
no encalce de duas dessas vítimas e a mãe de uma terceira,
que quiseram falar da sua história (Acadiana's Weekley
Newspaper, Friday, January, 24, 2003). Basta de resto
consultar o website dedicado relativo à "Catholic Church
and the sexual abuse" para nos darmos conta da extensão
da crise. A este imenso dossiê juntaram-se ficheiros pessoais
que vieram a público a 3 de dezembro de 2002, contendo as
"histórias" de cada uma das vítimas. Montanhas de
documentos entregues por ordem do tribunal revelam alegações
e tentativas para proteger os padres. Centenas de páginas de
documentos confidenciais da Arquidiocese acabaram por ser
assim publicamente reveladas. "It
debunks a whole range of excuses that church officials have
used: that the allegations were all ancient, that the abuse
only concerned boys and that it involved just a handful of
priests", disse então David Clohessy, o responsável
nacional da SNAP (Survivors Network of Those Abused by Priest).
Durante mais de 40 anos, os oficiais da Igreja Católica
esconderam casos de abuso sexual com jovens. Eram os homens em
quem mais se confiava: P. Geoghan, P. Birmingham, P. Shanley,
P. Trupia e centenas de outros. O Time (23 dezembro,
2002) fala do escândalo de dois padres "predators
priests", "serial predators" John Geohgan
implicado em 130 casos de pedofilia
e que foi sentenciado em 9-10 anos de prisão por abuso
sexual de um rapaz de 10 anos, e Paul Shanley que publicamente
defendia a relação sexual entre homens e crianças. A equipa
do Boston Globe desmascarou esta gente toda ao serviço do
Cardeal Law, Cardeal Egan, Cardeal Mahony e outros. Bernard F.
Law desde que se tornou Arcebispo de Boston recebera inúmeras
cartas com queixas acerca do abuso sexual de padres; as
respostas a essas acusações, quer da sua parte, quer da
parte dos seus oficiais, chegaram sempre tarde. A 19 de
novembro de 2003 o Cardeal é chamado a depor. Perguntam-lhe
os advogados de acusação se entre 1984 e 1989 se algum dos
padres acusados de abuso sexual foi demitido das suas funções.
Desde 1966 que havia queixas contra o P. Shanley enviadas à
arquidiocese. Que de nada sabia. Mas é o mesmo Cardeal que em
1985 promove o dito P. Shanley. Depois de quatro dias de
interrogatório, o Cardeal concede: "I don't believe that
there are any". No caso de um padre, o Rev. Anthony
Rebeiro, que foi acusado de abuso sexual sobre uma mulher em
1984, o Cardeal assinou uma carta para o marido desta mulher
em que dizia ter concluído que o assunto era
"pessoal" para o padre em questão e não requeria
qualquer acção oficial da igreja. Um outro caso em 1987 em
que um jovem escreveu ao Cardeal dizendo que tinha sido
sexualmente molestado pelo Rev. George Rosenkranz, o Cardeal
remeteu a queixa a um alto dignatário que não mudou o padre
de paróquia e disse ao jovem que devia ter interpretado mal a
afeição do padre. Anos mais tarde, e depois de outras acusações,
ambos os padres foram depostos das suas funções. A Igreja
pagou secretamente mais do que $ 1.3 biliões de dólares em
"hush money" para comprar o silêncio das vítimas -
e com isso escondeu a milhões de Católicos a verdade acerca
dos homens que impunemente devastavam as suas paróquias. A
partir da investigação do The Boston Globe, os bispos
escreveram a "Charter for the Protection of Children and
Young People" na sua conferência de Dallas em Junho de
2002. E o fogo não parou, até à demissão do Cardeal Law,
pelo menos.
Restaurar a confiança
Não basta dizer que o contexto favorece os comportamentos
desviantes. Que o desafio é a "sexually gluttonous
society" de hoje. Algo de muito fundamental tinha sido
quebrado: a confiança. Tudo teria de recomeçar pela restauração
da confiança. A resposta à crise foi tardia e demasiado
prudente. O
próprio Cardeal Law reconhece, quando chamado a depor, que
"I'm not certain that the judgment at that time would
have been that we were facing a major, overwhelming problem".
A raiz do problema foi a falta de responsabilidade da parte dos bispos que
permitiram uma falha moral grave da parte de alguns padres e
bispos que puseram em perigo a reputação a boa obra da
Igreja. A Conferência Episcopal dos USA em Dallas, Junho de
2002, fez um plano que continha normas específicas para
obviar à crise. "Essential
Norms" - "Charter for the Protection of Children and
Young People". O Cardeal Francis E. George de Chicago
afirmou então "We believe that the goals of the Dallas
decision, i.e. to protect minors and to reach out to victims,
have been completed in elaborating normative procedures that
respect the rights of priest who have been accused." A
negligente supervisão dos padres resultou na vitimização
das crianças. Não havia nesta crise nenhuma ameaça do
modelo Galicano à vista, nada ameaçava a jurisdição
universal de Roma. Embora não tendo categoricamente recusado
qualquer elemento do plano dos bispos sobre abuso sexual, o
Vaticano nomeou uma Comissão para rever as normas sobre abuso
sexual, tendo essa Comissão sido nomeada para estudar, rever
alguns elementos das normas dos bispos dos USA sobre
"sexual abuse". O Vaticano exigiu esta Comissão a
18 de Outubro de 2002, dizendo-se preocupado com a ambiguidade
e confusões que se poderiam levantar quando as normas fossem
aplicadas. Isto porque algumas normas dificilmente se
conciliam com a lei universal da Igreja. A 23 de Outubro, o
Vaticano nomeou a seguinte Comissão:
-
Cardeal
Dario Castrillon Hoyos, prefeito da Congregação para o
Clero;
-
Arcebispo
Julian Herranz, presidente do Conselho Pontifical para a
Interpretação dos Textos Legislativos;
-
Arcebispo
Tarciso Bertrone, secretário da Congregação da Doutrina da
Fé;
-
Arcebispo
Francesco Monterisi, secretário da Congregação para os
Bispos.
Os membros da Comissão dos US são:
Cardeal Francis E. George
Arcebispo William J. Levada
Bispo Thomas G. Doran
Bispo
William E. Lori.
Esta Comissão constitui-se em Outubro para estudar uma saída
para os casos de abuso sexual do clero. O Vaticano disse na
altura que a sua decisão de formar esta Comissão não
implicava uma rejeição das normas mas que os oficiais de
Roma teriam de falar para clarificar alguns detalhes.
Prometeu-se nessa altura uma Carta para a Protecção de Crianças
e as respectivas normas. A tolerância zero obrigava a operações
cirúrgicas profundas: o afastamento do ministério de todos
os que molestaram sexualmente crianças ou jovens qualquer que
fosse o tempo em que isso aconteceu. Os bispos deixam de ser
os árbitros finais da culpabilidade ou da inocência.
A 7 de novembro os bispos da Igreja Católica anunciam ter
indicado a terceira personagem mais destacada do F.B.I.
Kathleen L. McChesney para conduzir as investigações acerca
do abuso sexual das crianças. Este era mais um esforço
relevante para restaurar a confiança no episcopado meses
depois de revelações de que alguns bispos tinham reassignado
padres acusados de ofensas sexuais nas várias paróquias em
que trabalhavam. Kathleen L. McChesney aparecia como a
garantia de independência e de competência. São
de notar as suas primeiras declarações: "I believe that
the Catholic Church has suffered because of the actions of a
few". Ou então: "Because of the actions of a few,
the others who are affected by it, who the reflection is cast
upon, must work very hard to restore the trust, the
credibility in the faith, and I hope that I will be able to do
that".
O inferno da interpretação
Quanto disto é o resultado do passar do tempo ou da
negligência e do quanto disto é uma conspiração do silêncio
à vista? A resposta à crise nem sempre protegeu a independência
nem das dioceses nem das ordens religiosas. Os responsáveis
das ordens religiosas estavam de acordo com os bispos acerca
da necessidade de proteger as crianças, mas insistem na
independência que as separa relativamente às dioceses. O
lado financeiro da crise levou ao cenário de bancarrota da
diocese de Boston, de tal modo o montante de indemnização
das vítimas era alto. A bancarrota aparecia como uma estratégia
atractiva para lidar com as centenas de processos de abuso
sexual dos padres, 86 vítimas do Rev. John J. Geoghan, tendo
de negociar com cerca de 40 advogados envolvendo mais de 450
casos que abrangiam outros padres.
Os factos nunca bastaram para que os aceitássemos como
tais. Daí o inferno da interpretação. Para uns o abuso
sexual é antes de mais um abuso da autoridade e da confiança
que pais depositaram na igreja. Os padres estão numa posição
de responsabilidade, delegados pelos pais, quando lidam com
gente nova (Paul Varnell). Outros, Joaquim Navarro, porta-voz
do papa João Paulo II, aponta o dedo aos padres homosexuais,
exigindo que estes homens não devem de modo nenhum ser
padres. Em Providence, numa Reunião da Família Católica, a
18 de novembro de 2002, o novo convertido Tim Staples, disse
à audiência que os problemas na Igreja Católica tomaram
proporções exageradas promovidos pelos media que
cuidadosamente optaram por não escolher histórias de "egregious"
ministros da Igreja Pentecostal, Baptista e outros conhecidos
ministros Protestantes conhecidos por abuso sexual sobre
menores. Numa das conversas, Staples acusou os media por
atearem as chamas do anti-Catolicismo, dizendo que o ubuso é
ainda mais prevalecente entre o clero das nações
Protestantes. O caso extremo é o do Rev. Tony Lava, um
ministro Pentecostal acusado de ter molestado cerca de 100
crianças em várias localidades no Sul durante os anos 1980 e
um ministro Baptista. Aí
mesmo, o académico jesuíta Richard Neuhaus, através daquilo
a que chamou "the Catholic Moment" chamou a atenção
para algo que pertence a uma das intuições básicas da
Igreja Católica: "What it means it that the country has
entered a period when no institution, except for the Catholic
Church, has the strength and influence to call people back to
one of the central insights of Christianity, that human beings
possess an inherent dignity that comes from being made in the
image and likenesse of God". O presidente da Conferência
Episcopal Americana, Wilton D. Gregory reagirá no mesmo
sentido, dirigindo-se aos bispos a 11 de Novembro de 2002:
"There are those at extremes within the church who have
chosen to exploit the vulnerability of the bishops in this
moment to advance their own agendas". Explorar
a vulnerabilidade dos bispos não pareceu às vítimas de
abuso sexual o melhor argumento.
Coda
A crise que se instalou na Igreja Americana é antes de
mais uma crise moral. É também uma crise pastoral e
institucional, arrastando complexas consequências financeiras
e legais. A perda de confiança no julgamento moral de alguns
padres e bispos colocaram a Igreja numa posição vulnerável
vis-a-vis do sistema legal e as autoridades civis. Estas
dimensões da crise foram destacadas num documento intitulado
"Challenges and Oportunities Arising from the Current
Crisis", que o P. Edward Malloy, CS:C, Presidente da
Universidade de Notre Dame enviou a todos os bispos Católicos
dos U.S. em Maio de 2002. O relatório à Assembleia Geral dos
Bispos acerca do trabalho da Comissão ad hoc sobre
abuso sexual, de 21 de junho de 2003 faz o balanço do
trabalho desenvolvido um ano depois das medidas adoptadas em
Dallas. Esse era o acme da crise. Uma relativa acalmia sucedeu
a esse primeiro abalo sísmico que fez estremecer a Igreja Católica.
Foram implementadas medidas com vista a afastar clérigos
acusados de ofensa sexual sobre menores, a tocar aqueles que
foram tão terrivelmente ofendidos por esse abuso sexual e
para restaurar a confiança e a confidência do povo e dos
padres. "Wee
do not take too much comfort in that. There is still a long
road ahead of us", escreve o Arcebispo Harry Flynn neste
Relatório. A descoberta de contactos sexuais impróprios entre jovens
e padres Católicos relançou aquilo a que os jornalistas
chamam uma "developing story". Mas levantou
sobretudo outras questões: a questão do celibato, a questão
dos votos de castidade, a devassa dos arquivos diocesanos, a
aplicação do direito canónico em contextos específicos e
locais. "To
the extent possible, then, I urge you", diz Scott Appleby
a especialistas do direito canónico "to formulate the
policies that make the most sense for this environment,
without anticipating how the Vatican might respond. Let Rome
be Rome; it will be, in any case" (The Church at Risk
Remarks to the USCCB" June 13, 2002, Dallas, Texas). Os
motivos, os interesses que moveram a descoberta desta história
inacabada, são tão obscuros como os actos cometidos e
denunciados. Porquê esta franja do povo americano e apenas
esta Igreja? Que está em jogo na presente crise? O que está
em jogo é a viabilidade da moral e a missão pastoral da
Igreja nos Estados Unidos à escala do seu legado histórico;
o que está em jogo é a reputação do presbiterado; em risco
está a moral e a autoridade pastoral dos bispos e a
credibilidade da Igreja acerca tanto da justiça social como
da sua doutrina acerca da sexualidade. Os ventos sopram de
onde querem. Não assim a vontade e as estratégias humanas.
|